Nas profundezas das florestas vivas de Midrel, entre árvores milenares e riachos de águas cristalinas, nasceu Faela Laurelin, nome inspirado na Deusa Falaren e significava "Espírito da floresta", filha única de dois alquimistas élficos da linhagem Verdalorna, seres de alma verdejante, ligados à essência pulsante da natureza.

Seus pais, curandeiros respeitados, dedicavam suas vidas a criar poções raras que misturavam saber antigo e ingredientes coletados com reverência. Os viajantes enfrentavam trilhas perigosas só para chegar até sua pequena cabana e buscar a cura que ali florescia.

Em um dia em que as nuvens pesavam o céu e o cheiro de terra molhada anunciava chuva, Faela colhia flores silvestres para as poções de sua mãe. Um grito cortou o sussurro da floresta. Ela correu, o coração em disparada, até sua casa, e encontrou a mãe arrastando o pai ensanguentado para dentro.

— O que aconteceu? — perguntou, a voz trêmula.

— Roubaram uma de nossas poções mais raras. Seu pai tentou impedir, mas eles eram muitos... — disse sua mãe, com lágrimas nos olhos.

Aquilo mudou Faela.

Durante dias, ela se debruçou sobre os pergaminhos e frascos de seus pais, determinada a salvar o pai e proteger o legado de sua família. Criou uma nova fórmula de poção de cura, mais potente, mais precisa, e salvou a vida dele.

Mas, enquanto ele se recuperava, algo dentro de Faela floresceu: o desejo de ir além da floresta.

Seu espírito, inquieto como a melodia de sua harpa, dizia que seu lugar não era apenas entre folhas e raízes, mas entre pessoas que precisavam de cura, sabedoria e beleza. Tornou-se uma harpista andarilha, encantando vilarejos com suas músicas e oferecendo poções a quem mais precisava.

Hoje, como parte da facção Ascendent, Faela une alquimia, arte e magia, buscando equilíbrio entre conhecimento e emoção. Onde vai, espalha cura e esperança, guiada pela luz da floresta que carrega no nome... e no coração.