“Não preciso que confiem em mim. Só preciso que não fiquem no meu caminho.”

Nyxaria não é de fazer discursos. Nem de criar laços. Ela observa, escuta, analisa. Fala quando precisa — e só. Cresceu entre os elfos do crepúsculo, onde tudo é silêncio, sombra e desconfiança. Lá, aprender a se esconder era mais importante que aprender a confiar. E foi o que ela fez. Ela não quer ser heroína. Nem quer se arrastar na lama como os matadores baratos do seu clã. Nyxaria quer ser boa. Muito boa. Uma arqueira mercenária excelente — daquelas que acertam de primeira, que somem antes que alguém note sua presença, daquelas cujo nome circula em conversas baixas em tavernas e corredores escuros. Ela está só começando. Ainda não tem grandes feitos, nem fama. Mas tem algo que muitos veteranos não têm: foco. Treina todo dia, sozinha, em silêncio. Testa flechas novas, calcula distâncias, estuda padrões. Sempre pensando em como melhorar, como ser mais rápida, mais eficiente. Erros não são fracassos, são dados. E ela guarda todos. Nyx é fria. Não porque quer parecer forte, mas porque não aprendeu a ser de outro jeito. Sente as coisas, claro. Só não demonstra. Nem sempre confia nas próprias emoções — elas oscilam, atrapalham, distraem. E distração, no mundo em que ela vive, é sinônimo de morte. Ela não quer matar por matar. Mas também não tem problemas com isso, se for necessário. Seu código é simples: ela escolhe os trabalhos, ela define os limites. E se a causa for justa, melhor. Se não for... bom, depende do preço.