Cottonie, o Triunfo Melancólico, surgiu de um momento sombrio e inesperado. Durante um pesadelo profundo, Arivana, a deusa da Bruxaria, exalou um suspiro carregado de trevas e desordem. Foi desse suspiro, impregnado de todo o caos dos sonhos inquietos da deusa, que Cottonie tomou forma. Ela nasceu como uma Orquestradora, uma bruxa singularmente ligada à música e ao som, com a habilidade de criar e moldar instrumentos mágicos que poderiam desencadear uma miríade de efeitos imprevisíveis e perturbadores.

Cottonie não foi planejada; ela surgiu como uma manifestação involuntária das partes mais obscuras da mente de Arivana. Quando a deusa percebeu a presença dessa criatura única, ficou surpresa e, ao mesmo tempo, intrigada pelo poder latente que Cottonie possuía. Ela viu em Cottonie algo que não podia ser ignorado, um potencial para semear caos em um mundo que já lutava para manter a ordem.

Determinada a explorar as capacidades dessa nova criação, Arivana decidiu enviar Cottonie a Midrel. Este era um mundo complexo, onde as forças da ordem e do caos estavam em constante balanço, e onde uma presença como a de Cottonie poderia inclinar a balança de maneiras sutis, mas devastadoras. Cottonie chegou a Midrel de forma discreta, quase como uma nota baixa que reverbera no fundo de uma melodia. Sua entrada no mundo não foi anunciada por catástrofes ou grandes explosões, mas sim por uma sensação inquietante, um presságio silencioso de que algo estava prestes a mudar.

À medida que se estabelecia em Midrel, Cottonie começou a explorar suas habilidades como Orquestradora. Ela moldava sons e criava instrumentos que podiam influenciar o comportamento das pessoas, distorcer a realidade, e até mesmo despertar os medos mais profundos. Seu poder não era explosivo, mas sutil e insidioso, infiltrando-se nas rachaduras já presentes no tecido da sociedade de Midrel. A cada acorde tocado, a cada melodia sussurrada, Cottonie começava a orquestrar o caos que a deusa Arivana tanto desejava ver se desenrolar.

E assim, Cottonie começou sua jornada em Midrel, não como uma força devastadora que chegava com grande alarde, mas como uma presença sutil que, aos poucos, iria desestabilizar tudo o que encontrasse em seu caminho. A música que ela criava, invisível e inaudível para muitos, já começava a moldar o destino do mundo, preparando-o para a desordem que estava por vir.