Tique do Destino
Ao girar a engrenagem correspondente, o usuário se torna um condutor das possibilidades, inclinando a balança do destino a seu favor. Esta habilidade não altera diretamente a realidade de maneira óbvia, mas faz com que as probabilidades sejam manipuladas para favorecer os desejos do portador. Uma flecha que deveria acertar o coração de um aliado pode ser desviada por uma rajada de vento inesperada; um oponente pode escorregar em um terreno antes considerado seguro; um encontro crucial pode ocorrer no momento exato em que é mais necessário. O poder do Tique do Destino é sutil, quase imperceptível, mas sua influência se estende a todas as coisas. No entanto, o próprio relógio age como um árbitro cósmico, impedindo que o usuário abuse dessa habilidade de forma irracional. Alterações excessivas na trama do destino podem desencadear compensações inesperadas, equilibrando o curso da existência de maneiras imprevisíveis.
Rebobinar a Existência
Ao girar o relógio em sentido anti-horário, o usuário pode reverter sua própria linha temporal sem criar ramificações paradoxais. Esse poder não apenas permite um retorno ao passado, mas também preserva todas as memórias e experiências adquiridas, concedendo ao portador um conhecimento inestimável sobre os eventos futuros. Com isso, decisões podem ser refeitas, erros podem ser corrigidos, batalhas podem ser travadas novamente com uma vantagem esmagadora. Diferente de um simples salto temporal, essa habilidade não afeta o mundo externo, tornando-se um poder pessoal de reescrita. O usuário pode reviver um momento centenas de vezes até alcançar o resultado desejado, mas o Relógio de Bolso de Luminthar não é um artefato de uso indiscriminado—quanto mais se rebobina a existência, mais difícil se torna distinguir a verdadeira realidade das infinitas repetições. Aqueles que abusam desse poder podem acabar presos em um ciclo eterno, incapazes de seguir adiante, condenados a reviver os mesmos momentos até que o próprio tempo os rejeite.
Ciclo da Criação e Destruição
A essência de Luminthar, o Primeiro Forjador, está entrelaçada com o relógio, permitindo ao seu portador comandar os conceitos fundamentais da criação e da ruína. Essa habilidade concede o poder de restaurar o que foi destruído ou obliterar completamente o que existe. Um castelo devastado por séculos de guerras pode ser reconstruído instantaneamente, seus muros erguendo-se como se o tempo fosse revertido. Corpos destroçados podem ser restaurados, almas despedaçadas podem ser recompostas, até mesmo seres que foram apagados da existência podem retornar, caso a vontade do portador seja forte o suficiente. Mas o ciclo da existência sempre exige equilíbrio: para cada ato de criação, algo deve ser removido. O usuário pode escolher apagar qualquer coisa—objetos, estruturas, memórias, até mesmo indivíduos. Um vilarejo pode desaparecer do mapa como se nunca tivesse existido, uma linhagem inteira pode ser extinta da história sem deixar rastros. No entanto, quanto mais grandiosa for a destruição, mais profunda será a exigência de compensação por parte da Relíquia. O portador deve decidir se está disposto a pagar o preço do que cria e do que apaga, pois o Relógio sempre manterá sua própria justiça.
Fenda da Possibilidade
Cada escolha tomada gera um mundo alternativo onde um caminho diferente foi seguido. A Relíquia da Criação, por sua conexão direta com o fluxo absoluto da realidade, permite que seu portador atravesse essas realidades divergentes, abrindo uma fenda para universos paralelos. Essa habilidade não apenas permite visualizar outras versões da existência, mas também possibilita viajar entre elas. O usuário pode testemunhar um mundo onde sua maior falha nunca ocorreu, onde uma batalha perdida se tornou uma vitória, onde um inimigo irreconciliável se tornou um aliado. Mais do que isso, o portador pode trazer conhecimentos e até mesmo artefatos desses mundos, integrando possibilidades impossíveis à sua própria linha do tempo. Contudo, cruzar as Fendas da Possibilidade não é um ato sem consequências. O próprio Multiverso rejeita a presença de forasteiros em realidades que não são as suas, e forças guardiãs podem surgir para corrigir tais anomalias. Quanto mais o usuário altera sua própria realidade com influências externas, maior a chance de criar um colapso temporal que pode ameaçar a estabilidade do tecido cósmico.
O Último Sino
Oculto dentro da estrutura do relógio está um mecanismo jamais tocado, uma engrenagem selada pelo próprio Luminthar para ser usada apenas quando toda a existência chegar ao seu limite. Ao ativá-la, o portador pode reiniciar completamente a Criação, apagando o passado, presente e futuro, remodelando a realidade de acordo com sua vontade. Esse não é um simples poder de reescrita, mas sim a dissolução total do que já existiu, deixando apenas o usuário como o único ser consciente de que a história foi alterada. Civilizações inteiras podem ser apagadas da memória do cosmos, deuses podem ser redesenhados com novos propósitos, a própria natureza do Multiverso pode ser reconstruída. Entretanto, a ativação do Último Sino impõe um preço absoluto: o portador perde sua identidade dentro da nova existência. Aquele que usar essa habilidade será removido do tempo e espaço, tornando-se um espectador invisível do novo mundo que criou. Não poderá interagir, não poderá ser lembrado, não poderá reivindicar o que moldou. Será um fantasma perdido na eternidade, sem voz, sem forma, sem nome.