[NÍVEL I] — Fecho do Sussurro: Quando Pandemonium é aberta pela primeira vez, o portador sente uma lufada de ar úmido, carregada de um cheiro de enxofre abafado — como uma câmara subterrânea que respira. O Fecho do Sussurro permite que o portador invoque, com cuidado, um espectro menor ou demônio fraco já contido nos bolsos internos do couro rúnico. Esses servos são fragmentos, ecos de pactos rasgados que se contorcem por liberdade. Eles podem farejar a corrupção, sondar a presença de outros demônios ou sussurrar segredos que ouviram entre as paredes da maleta. Mas a cada abertura, o portador sente as costuras da maleta se moverem — como se garras tentassem se esticar de dentro para fora — e cada “ajuda” custa promessas que se acumulam na carne e nos sonhos do invocador.
[NÍVEL V] — Corrente Profana: À medida que o portador ganha intimidade com Pandemonium, aprende a reforçar ou romper as correntes espirituais que selam seus prisioneiros. Com a Corrente Profana, o portador pode capturar novos espíritos inquietos ou demônios errantes, puxando suas essências para dentro das camadas da maleta. A cada entidade selada, as fivelas se tornam mais espessas, os fechos se multiplicam, e runas antigas brilham entre as costuras — um aviso de que o espaço dentro não é apenas físico, mas uma dobra perversa de um Pandemônio ambulante. Quem dorme com Pandemonium por perto jura ouvir as correntes tilintando sozinhas, como se as presas testassem cada elo noite após noite.
[NÍVEL X] — Abertura Perversa: Neste estágio, o portador se torna capaz de negociar com camadas mais profundas da maleta. A Abertura Perversa permite destrancar dobradiças ancestrais, liberando demônios de médio poder ou espectros insaciáveis, por tempo limitado. Essas entidades podem lutar como lacaios ou se tornarem espiões etéreos — mas são famintas, rancorosas, e cada segundo fora dos fechos reforça suas promessas de vingança. Uma Abertura Perversa rasga o ar: vozes antigas ecoam, sombras escapam por entre os zíperes, e símbolos infernais brilham por baixo da pele do portador, lembrando o preço de lidar com uma prisão que vive de corromper quem a carrega.
[NÍVEL XV] — Véu do Pandemônio: Ao atingir este poder, a maleta se torna uma ânfora viva do caos. O Véu do Pandemônio permite que o portador abra parcialmente todos os fechos, liberando uma tempestade de murmúrios, correntes rúnicas e névoas densas de energia profana. O Véu confunde inimigos próximos — suas vontades se embaralham, encantamentos são corrompidos, pactos menores se partem como seda rasgada. Espíritos fracos tremem, enquanto demônios rivais se afastam, temendo ser engolidos e costurados às camadas internas da maleta. Mas cada minuto mantido enfraquece a sanidade do portador: os sussurros se tornam nítidos, recitando pactos antigos, nomes proibidos e ofertas que soam cada vez mais tentadoras.
[NÍVEL XX] — Boca do Caos: No auge de seu poder, Pandemonium manifesta a Boca do Caos, o fecho absoluto que conecta o relicário ao Pandemônio original — uma fenda rasgada pelo Colecionador de Fendas para criar uma prisão que fosse também um fragmento do Inferno. Abrir a Boca significa liberar um turbilhão: legiões contidas se derramam como uma maré negra de espectros e demônios famintos, engolindo tudo que se recusa a ser corrompido. Muros caem, santuários sagrados se tornam túmulos silenciosos — nada permanece puro na maré do Pandemônio. Quando o portador convoca a Boca do Caos, pode moldar parte desse exército como marionetes de guerra, mas cada essência que escapa se alimenta de sua alma — e cada uso aproxima o invocador de tornar-se mais uma voz presa na costura viva. Conta-se que quem abriu a Boca mais de uma vez jamais foi visto de novo: os fechos se fecharam sozinhos, engolindo o portador e costurando sua carne à lombada do relicário.