Garras do Véu Rasgado
Quando Caelin fecha o punho, a Oricalco desperta seu aspecto predador: fragmentos do metal primordial se estendem dos nós dos dedos, moldando-se em lâminas finíssimas, quase invisíveis sob o sol escaldante das Ermas. Cada golpe não é apenas físico — é um rasgo na tapeçaria invisível que costura corpo, mente e destino.
O inimigo sente a dor como se fios internos fossem puxados, fragmentando a própria sorte. Feridas abertas pelas Garras não cicatrizam por meios comuns; elas latejam como marcas vivas, drenando fragmentos de vitalidade e memória para fortalecer a Oricalco. Alguns juram que podem ouvir os sussurros do Oráculo Ythalos ecoando de cada talho: lembranças roubadas, destinos trocados.
Manto do Fado Silencioso
No auge do silêncio das Ermas, Caelin ativa o Manto do Fado Silencioso. A Oricalco se dissolve sobre sua pele, transformando-se em um véu pulsante de linhas translúcidas, como se ele fosse envolto pela própria respiração do deserto. Neste estado, Caelin se torna uma ausência viva: seus passos não imprimem pegadas, seu cheiro se apaga, sua presença se torna apenas um eco de calor que se perde no vento. Ataques lançados contra ele encontram as Tramas dobradas — lâminas deslizam, projéteis se desviam, golpes voltam contra seus donos, pois a Oricalco distorce o curso da hostilidade, reescrevendo o que deveria ter sido. Dizem que, sob o Manto, Caelin caminha entre sombras de futuros possíveis, sussurrando ao destino que este não tem mais voz.
Estigma de Sahram
Quando tudo ao redor se curva à vontade do portador, Caelin revela o poder máximo da Oricalco de Sahram. Fincando o punho nu na areia quente, ele convoca as Tramas que dormem sob as Ermas, costurando-as às sombras dos seus inimigos. Surge então o Estigma de Sahram — uma marca invisível que pulsa no peito ou na nuca do alvo, gravada na parte mais íntima de sua essência. Essa marca não é apenas um selo: é uma âncora. Cada pensamento de fuga, cada promessa quebrada, cada traição tentada faz o Estigma se inflamar, rasgando o destino do portador de dentro para fora. A dor não é só física; é espiritual, pois o deserto reclama aquilo que lhe foi tomado. Místicos contam que quem carrega o Estigma jamais deixa rastros ocultos — suas pegadas brilham aos olhos de quem sabe enxergar as Tramas. E enquanto a marca existir, Caelin sente cada batida de coração daquele que foi amarrado às dunas. Dizem que o único modo de romper o Estigma é ajoelhar-se sobre a areia e implorar perdão — mas nem mesmo as Ermas prometem piedade.