A Maldição Primordial
Quando a maleficência dos antigos Males Primordiais alcança a criação do Todo-Poderoso, a mácula se alastra e perverte um de seus filhos, Immus, que tomado pelo ímpeto homicida, a necessidade compulsória pelo fim da vida, assassina impiedosamente seu irmão, Letus, o mais benevolente entre os Arcanos. Ao dar-se por conta do ocorrido, Deus, tomado pela ira divina, lançou em sua fúria, uma poderosa maldição contra seu filho, criando sobre sua alma uma marca – a Marca do Primeiro Assassino – da qual jamais poderia se desfazer, algo que não só ele, como de eras em eras, um membro em sua linhagem maldita estaria fadado a carregar e arcar com suas consequências.
- Penumbra Eterna: Assim que o portador toca o Inushta Immus, ele desperta em seu corpo a mácula dormente da Primeira Maldição, que como qualquer maldição, possui efeitos desfavoráveis ao seu portador. Neste caso, o portador da Primeira Maldição está fadado a viver eternamente incapaz de manusear MAGIA, indiferente do meio utilizado para fazê-lo, enquanto a marca residir em seu corpo. Em contrapartida, a manifestação da mácula desperta dentro de si uma escuridão profunda e avassaladora, tão antiga quanto o próprio tempo e tão selvagem quanto o próprio caos, que gradualmente se alastra através da marca em sua alma, conferindo-lhe acesso à PENUMBRA OCULTA, a obscuridade profunda e incontrolável, resultante do sacrifício da MAGIA em prol de um PODER DESCONHECIDO, a ser desenvolvido.
- Tormento Eterno: Um dos objetivos dessa marca posta por Deus era de que seu portador jamais encontrasse o descanso nos braços da Morte, tornando-se cronologicamente imortal, fadado a viver e sofrer eternamente por seus pecados. Portanto, assim como foi com Immus, a Primeira Maldição sempre irá lhe proteger, assegurando sempre sua sobrevivência ante os efeitos do tempo, doenças ou envenenamentos.
- Devorador Eterno: Ostentando em si a marca desta antiga maldição, ao ser submetido à presença de outros tipos de maldições ou manifestações profanas, o usuário é tomado pelo ímpeto consumidor, um impulso incontrolável da Maldição Primordial, o qual surge como um frenesi sanguinário que priva-o de sua consciência, levando-o a agir movido unicamente pelo instinto de consumir. Quando nesse estado, o portador adquire o CONHECIMENTO PROFANO, manifestando uma noção inconsciente sobre as maldições que existem neste mundo e num determinado grau, exibindo domínio sobre elas, podendo forçá-las a se manifestarem ou suprimi-las em sua presença, de modo a facilitar o consumo das mesmas, tragando-as essencialmente para si a partir do contato físico com o amaldiçoado. Afinal, você recepciona em seu corpo a primeira maldição criada por Deus, desde os primórdios do mundo, o que torna as demais meras variações de si e que conforme são absorvidas, passarão a integrar aquilo que está retido dentro da marca, tornando-a cada vez mais poderosa. As maldições absorvidas podem ser desenvolvidas para integrarem o seu acervo de habilidades.
- Personificação Malevolente: Dentre todas, a manifestação definitiva da Maldição Primordial se dá quando o portador se vê completamente dependente de seus poderes. Ao fazer uso exacerbado das habilidades dispostas pela marca – até 5 vezes em batalha, ao despertar o real potencial de sua maldição, a obscuridade alastra-se cada vez mais através de sua alma e o mesmo se torna mais e mais suscetível ao domínio do Male Primordial retido dentro da marca. Quando isso ocorre, marcas negras alastram-se através da pele do amaldiçoado, suas pupilas e escleras enchem-se com a penumbra ancestral, enquanto sua própria mente turva-se sob o controle da personificação obscura. O usuário torna-se momentaneamente um arauto desses males, a personificação do ódio e da destruição, movido unicamente pelo impulso de matar, o desejo destruidor que o leva a findar tudo aquilo que cruzar o seu caminho, desprovido de consciência, nutrido apenas pelo instinto, tornando-se um com a própria profanação. Adquire +V em ATRIBUTOS FÍSICOS e PODER DESCONHECIDO por 5 turnos, mas ao findar da manifestação, se verá exaurido, ficando completamente inconsciente.
Contudo, saiba que ao fazer uso contínuo – em até 10 tramas – e irrestrito das habilidades dispostas através desta mácula ancestral e profana, sem empunhar o PUNHAL DE LETUS, o portador se expõe ao irrevogável risco de ter sua alma gradualmente consumida pela essência herética e corruptiva desta antiga entidade, além de ter sua consciência cada vez mais imersa no vazio astral interior da marca, onde reside a consciência do atroz Mal Primordial. Um destino pior do que a própria morte.