Fulgor de Nurhal
Ao erguer a manopla e abrir os dedos em direção ao inimigo, os veios arcanos que percorrem a estrutura da Ígnea brilham com intensidade crescente, pulsando como um coração à beira da implosão. Em resposta, um feixe incandescente é liberado, não como fogo comum, mas como uma rajada pura de energia cósmica, extraída diretamente do fragmento da estrela caída, o Núcleo de Nurhal. O raio não queima — ele aniquila a estrutura da matéria, corroendo o que toca com uma luz que sangra o tecido da realidade. Magias são desintegradas ao contato, armaduras se partem como cascas de cera, e até a luz parece se curvar ao poder liberado. Ao fim da descarga, a atmosfera estremece com um sopro profundo, como se o próprio ar tivesse sido castigado por desafiar os céus.
Engrenagem da Vontade
Com um comando mental, o portador ativa o núcleo interno da Ígnea, que gira sobre si mesmo em um movimento hipnótico, reconfigurando os circuitos de condução mágica dentro da manopla. Essa rotação reverte o tipo de energia conjurada no campo de batalha. Chamas se tornam vapor, gelo se transforma em descarga térmica, venenos viram névoa purificadora — e o caos se dobra à racionalidade da máquina. O portador pode agarrar uma magia hostil e redirecioná-la em forma invertida, não como reflexo, mas como reinterpretação pura do fenômeno arcano. A manopla não apenas bloqueia: ela entende, desmonta e reconstrói a essência daquilo que a ameaça.
Memória da Primeira Forja
Com um toque no chão ou em um artefato próximo, a Ígnea ativa a essência adormecida da Primeira Forja de Vaurion, liberando pequenas faíscas conscientes que se espalham como serpentes de calor encantado. Essas chamas caminham pelo campo com propósito — não incendeiam ao acaso, mas buscam o que precisa ser transformado. Podem reparar armaduras, cauterizar feridas, reativar encantamentos esgotados ou, ao contrário, incinerar relíquias corrompidas, maldições antigas ou vínculos mágicos degenerados. São fagulhas com juízo próprio, criadas por Vaurion não para destruir, mas para aprimorar a realidade com a clareza do fogo sagrado. Ao seu redor, o calor não fere, mas revela — mostrando inscrições esquecidas, circuitos ocultos, verdades enterradas sob a poeira do tempo. A Ígnea de Vaurion não é uma arma de fúria. É um catalisador da mente desperta, do intelecto incendiado pela necessidade de criar e dominar sem destruir. Ela não serve a quem deseja o caos — apenas àqueles que desejam entender o fogo… e transformá-lo.