[NÍVEL I] — Fratura do Olhar Velado: A primeira manifestação da Fenda se dá através de um rastro quase invisível que se abre no ar, como uma rachadura de vidro no espaço à frente do portador. Quando evocada, a Fratura projeta um reflexo distorcido da realidade local, revelando pequenos desvios de presença, feitiços de disfarce, manipulações psíquicas ou pactos não declarados. Criaturas e pessoas que se aproximam da rachadura têm sua imagem tremida — e tudo que carregam em segredo começa a pesar. Durante o breve instante em que a Fratura permanece aberta, toda mentira dita no campo de sua influência ecoa de forma dissonante, denunciando o engano.
[NÍVEL V] — Corte do Vínculo Impuro: Com o fortalecimento do vínculo com a Fenda, o portador aprende a invocá-la para atravessar os fios que unem juramentos corrompidos. Uma linha vertical de energia cinzelada rasga o espaço em linha reta, tocando os alvos espiritualmente conectados a alguma entidade, mestre ou fonte de poder. A rachadura interfere nesses vínculos, desestabilizando pactos, interrompendo magias de sustentação, e fazendo com que invocações, maldições contínuas ou bênçãos condicionadas vacilem ou se rompam. Contra conjuradores, a habilidade causa ruído direto em seus contratos arcanos, reduzindo drasticamente seu controle durante uma cena.
[NÍVEL X] — Eco de Sariel: Neste nível, o portador já não abre apenas a Fenda — ele convoca sua ressonância. O “eco” de Sariel se manifesta como um véu ondulante que cobre parcialmente o campo de batalha, tornando-se uma zona de revelação. Qualquer ação feita dentro dessa área que contradiga a verdade interna do personagem é penalizada: mentiras são interrompidas, ilusões desfazem-se, e juras falsas criam um reflexo torto da própria voz do usuário. Aqueles que insistem em manipular são atingidos por um efeito de dissociação momentânea: suas palavras e ações se desalinham, como se o mundo não mais os aceitasse como inteiros.
[NÍVEL XV] — Rasgo do Julgamento Estagnado: A Fenda se abre como uma rachadura no próprio plano da existência, horizontal e cortante, como se a realidade tivesse sido forçada a engolir uma verdade esquecida. Quando invocada, ela interrompe completamente as ações de personagens e entidades que baseiam sua presença no poder sobre os outros — autoridades injustas, espíritos dominadores, deuses despóticos, líderes corruptos. Essas figuras têm seus títulos arrancados, suas armaduras enfraquecidas e suas palavras silenciadas. Por um breve tempo, tudo o que os protegia por posição ou pacto é suspenso — e eles devem encarar a si mesmos, despidos da influência que sempre os protegeu.
[NÍVEL XX] — Abertura Final da Fenda: Ao atingir este nível, o portador compreende a natureza última da Fenda de Sariel. Uma única vez, por cena ou por vida, ele pode rasgar o véu entre o juízo e a realidade — abrindo a Fenda por completo. O espaço ao redor mergulha em uma luz inclassificável, onde não existe tempo, cor, nem direção. Dentro desse domínio, tudo o que o alvo construiu com base em falsidade é arrancado. Pactos são desfeitos, armaduras mágicas evaporam, e o próprio nome — se carregado de corrupção — perde valor. A entidade afetada é forçada a se pronunciar com sua verdadeira voz, ou ser silenciada por completo. Após esse gesto, a Fenda se fecha, e por onde ela passou, nenhuma mentira cresce novamente.