Na aurora dos tempos, durante o período conhecido como Primeira Guerra, após Immus Yggdramillenium, um dos primeiros Arcanos criados pelas mãos do Todo-Poderoso, perverter-se ao longo das incontáveis batalhas travadas contra as criaturas ímpias que assolavam a Criação, ele se volta contra os seus irmãos. Tomado pelo ímpeto homicida proporcionado pela influência nefasta da mácula desses antigos males sobre sua alma, Immus é responsável por assassinar com as próprias mãos o seu próprio irmão, Letus, o Benevolente, tingindo de vermelho o solo pedregoso em que o fez. Ao fazê-lo, o jovem Arcano atraiu para si a ira de seu Pai, o Todo-Poderoso, que em fúria, rogou sobre ele uma poderosa e irrevogável maldição, cuja marca foi permanentemente cravada em sua alma como um lembrete de seu pecado, fazendo de Immus o primeiro assassino da história. Porém, descontente com a providência tomada, obstinado a fazer o assassino pagar sua penitência por toda a eternidade. Para isso, da ossada rígida do fêmur do corpo falecido de Letus e da rocha afiada banhada em seu sangue, o Criador esculpiu um artefato, um poderoso punhal imbuído de runas divinas e cravejado com cristais de âmbar forjados do próprio sangue de Letus. Diz-se que essa lâmina foi abençoada por Deus, que hospedou nela a alma de seu filho querido, Letus, o irmão assassinado, e como forma de punição para Immus, destinou-o a vagar pela eternidade em busca do punhal, pois somente com ele em suas mãos o tormento da Maldição Primordial cessarão, as vozes e a dor estonteante se esvairão, e Immus se verá finalmente livre do peso de seus pecados, amparado pelo perdão e pela benevolência de seu irmão. Contudo, reza a lenda de que o Todo-Poderoso haveria o lançado em um lugar onde o Primeiro Amaldiçoado jamais poderia encontrá-lo, mesmo após uma eternidade de sofrimento e desespero, pois somente a Morte poderia entregá-lo.